terça-feira, 25 de dezembro de 2012

domingo, 4 de novembro de 2012

III Bike Tour Tiago Machado

4 de Novembro 2012

Eu e os meus 2 companheiros de aventura, o Lota e o Lopeky, inscrevemo-nos neste passeio organizado pelo Tiago Machado (ciclista da Radioshack). 
Até aqui tudo bem, no dia lá fomos, rumo a Vila Nova de Famalicão e chegados lá, andamos às voltas atrás da partida, mas nada. Pergunto eu "alguém viu onde era o local da partida??", resposta obvia "NÃO"... Muito bem e agora?? Um liga à esposa, outro agarrado à net do tlm e o terceiro à procura de uma pista do exterior! Até que passamos por umas pessoas e lhes perguntamos se elas sabiam onde era... A nossa salvação, caso contrário ainda agora andávamos à procura do início da prova.
Oficializamos a nossa inscrição no valor de 5€, que revertiam para ajudar a AFPAD – Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência, feito louvável deste ciclista internacional que bem representa o nosso país no pelotão internacional. Dirigimo-nos para a partida, onde iam chegando cada vez mais participantes, entre eles algumas das estrelas do ciclismo português, tais como o Nélson Oliveira; o Bruno Pires; os gémeos Gonçalves (onda boavista); João Cabreira, o grande José Azevedo entre outros. 

Foi dado o sinal de partida, 45 min. depois da hora, devido aos mais atrasados. Foram cerca de 400 pessoas a passear pelas ruas de Famalicão sempre em pelotão compacto. Paragem a meio para a foto de grupo e lá prosseguimos viagem para a meta. 
 Ainda fui a conversar com o Bruno Pires acerca da época que passou e da que aí vem, espero vê-lo a ajudar o Contador no Tour de France. Aliás desejo a maior sorte a todos os portugueses que correm no pelotão internacional e que mostrem a nossa raça :) Chegados ao fim, quase em sprint, aguardamos o sorteio, à espera de ganhar qualquer coisa, mas a sorte não estava connosco. O importante foi o convivio e que tudo correu bem!!!
Boas pedaladas!!!

S. Tomé & Principe 2008

Agosto 2008
 A sua descoberta remonta ao século 15 (1470-1471) quando os navegadores portugueses Pêro Escobar e João de Santarém desembarcaram nas ilhas provavelmente desabitadas. Primeiro foi a ilha de S. Tomé, a 21 de Dezembro de 1470 e de seguida a ilha do Príncipe em 17 de Janeiro de 1471.
A colonização dá-se por volta de 1500, com a vinda de portugueses encabeçados por Álvaro Caminha e António Carneiro que aproveitaram as ilhas virgens com rico solo para a introdução da cana-de-açúcar. 
São Tomé e Príncipe é também muitas vezes referida como ilhas chocolate, pelo facto de ter sido o primeiro território no continente africano a produzir o cacau.
Depois de muita procura e de, até termos na mira, outro destino, surge, à última hora, a possibilidade de viajar para S. Tomé e Príncipe. E nós... bora lá, passar uns dias no paraíso do cacau!!! 
Saímos de Lisboa, pela SATA e lá rumamos à ilha. Uma viagem conturbada, mas que não passou de um susto... À chegada era um mundo de gente a vender colares e a pedir doces. Transfer feito, com passagem pelo centro da cidade e pela Baía Ana Chaves, lá nos acomodamos no Pestana São Tomé, um bonito hotel, inaugurado na semana anterior à nossa chegada, bem juntinho ao mar. 
No hotel há vários "guias locais" que nos levam a conhecer a ilha, em grupo ou sozinhos. Na primeira "excursão" fomos em grupo e visitamos várias roças; a Roça Agostinho Neto (que antes da independência se chamava Rio D'Ouro). Foi uma das maiores, ou mesmo a maior, chegando a ter perto de três mil trabalhadores! É um vislumbre para os olhos. A casa do Administrador apesar de abandonada está em bom estado, e tem uma escadaria muito bonita em madeira preta. O Hospital ao fundo é enorme e a sua construção parecia estar em bom estado. Com muita pena minha, não visitamos o seu interior. Em redor, de um lado as casas, que seriam dos escravos e alguns "armazéns" onde era tratado e armazenado o cacau. Do outro lado a casa dos ........ Fiquei impressionado com a grandeza desta roça.
Seguimos, até à Praia das Conchas e Praia Guadalupe, passando pela povoação de Neves e por fim, chegamos à Roça Diogo Vaz. Bem mais pequena do que a anterior, mas com tantas histórias para contar. Esta roça é das poucas que ainda produz cacau, vimos todo o seu procedimento, desde a apanha, à fermentação, secagem e selecção. A secagem ainda é feita de forma artesanal em tabuleiros sobre pedras que ajudam a aquecer estes. Fizemos uma visita às instalações que pouco melhor estão, desde que foi feita a descolonização. Aqui encontramos um grupo de crianças muito simpáticas, sempre atrás de nós a gritar "doce, doce, doce, doce".
Esta roça, apesar de ter algumas casas habitáveis, encontra-se, à imagem das outras, algo abandonadas. É pena o Governo não fazer nada para melhorar esta situação e recuperar estas belas casas com tanta história. 
Retomamos o caminho e paramos para almoçar num restaurante muito caseiro, o Celvas, que o nosso guia, Moisés, conhecia. Muito boa a comida e a hospitalidade das pessoas que nos serviam, a não perder!!! Regressamos à cidade e visitamos o centro, onde fizemos umas compras no artesanato local e visitamos o Café & Companhia.
Regresso ao hotel e depois do jantar fomos tomar um café ao Café Avenida, local onde tudo se passa, onde se discute politica e sociedade, mas... tudo isto no final da tarde.
No dia seguinte, estávamos de partida de S. Tomé, rumo ao Ilhéu das Rolas. Antes ainda fomos visitar umas quantas coisas, sempre guiados pelo Moisés. Passamos uma vilazinha, Pantufo, com casas coloniais, depois Santana, a praia das 7 ondas e a praia Micondó. Nesta última fizemos uma tentativa pedestre mas como chovia muito, não deu para aceder à praia, tivemos que ir de carro por um acesso privado.
Pelo caminho visitamos a Roça dos Açoreanos e como não poderia deixar de ser a Roça S. João dos Angolares, onde almoçamos muito bem, na companhia do Sr. João Carlos (Na roça com os Tachos, estão a ver??). O espaço é muito bonito e sossegado e está tudo muito bem aproveitado. Tem até um atelier  e uma oficina de formação no antigo hospital da roça.
 A seguir ao almoço ainda visitamos a Roça Água Izé, também uma das maiores roças, com uma linha de comboio em torno de toda a roça. Visitamos algumas instalações, onde é escolhido e secado o cacau e depois um dos senhores foi-nos mostrar a antiga locomotiva que tantos anos circundou aquele espaço para recolher o cacau e trazê-lo para a roça. Depois de uma sessão fotográfica, passamos pela Roça Ribeira Peixe, situada bem perto do mar. Esta roça tem um hospital com uma fachada fantástica em alto relevo, onde se encontravam umas crianças que mais uma vez vieram em nossa direção a pedir "doce, doce, doce", um desses miúdos divertia-se com uns patins em linha na mão, o que não deixa de ser curioso. 
 Daí partimos para a Roça Porto Alegre, bem lá no sul, com muitas casas coloniais, onde moravam os escravos, essas casas vão passando de geração em geração, um campo de futebol com um sem número de crianças a jogar. A passagem por esta roça seria breve, visto o barco partir do Porto Baleia às 17h, para o Ilheu das Rolas.... mas às 17h02 o barco já partia... e nós a contornar e apreciar a magnífica Baía, pensando que seria impossível numa ilha em que reina a imprevisibilidade, um barco ser, pura e simplesmente, pontual... O Moisés ainda acelerou, mas...  a verdade é que perdemos o barco. Acabamos por não ir ver a praia Jalé e ficamos em terra, e agora? Apanhamos um barco mais pequeno e fizemos a viagem durante a noite, colocamos os coletes e rezamos para que o pequeno barco aguentasse a forte ondulação da maré cheia. Conseguimos chegar ao Ilhéu das Rolas, já de noite. 
O ilheu dividide-se entre o Resort e uma pequena povoação local, com poucos habitantes com quem entramos em contacto logo no 1º dia, isto porque à saída do resort estão alguns "miúdos" à espera dos turistas para fazerem de guia. Nós tivemos o privilégio de ter 2, o Janu e o Artur, que nos fizeram uma visita guiada à ilha, tendo nós passado em praias paradisíacas, com paisagens belíssimas e como não podia deixar de ser fomos tirar uma foto na linha do Equador. 
Durante os dias que passaram fomos convivendo com os "locais", um dos quais até me arranjou uma prancha, pena que não houvesse ondas :(!!! à noite chegamos a ir ao baile da vilazinha... um baile bem divertido onde não faltou a kizomba e cerveja Coral.

Um dos dias almoçamos na praia, almoço esse feito pelo Janu, com algumas variedades de peixe, um excelente e saboroso polvo, e a acompanhar fruta-pão grelhado (delicioso). 
Chegou o dia da partida, com a promessa de um dia voltar!!!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Viagem à minha terra

29 de Setembro de 2012
Neste dia resolvi fazer uma visita à terra que me viu crescer, Cinfães, mais precisamente, aldeia do Pinheiro. Como já tinha feito várias vezes pela marginal (Castelo de Paiva) e que já é um belo empeno, desta vez resolvi ir por Arouca, pois era um desafio maior.  Saí bem cedo de casa e logo em Gaia, andei perdido à procura da N 222. 
Depois de algumas voltas lá dei com a estrada. Agora é só seguir a estrada e rumar a Arouca, mas... Não era bem assim, às tantas estava a chegar à barragem de Crestuma. Mais uma paragem a perguntar pelo caminho para Arouca "Ó meu amigo tem que subir isto outra vez e virar à esquerda. Mas olhe que ainda é muito longe!!!", disse um senhor que me indicou "um atalho" para lá. E que rico atalho, uma bela subida com uma riqueza de inclinação e como se não bastasse, era em paralelo. Lá se foi o conta km, que ficou perdido algures nessa subida, tanto era a tremeliquice... lá dei com a estrada certa e no final da manha estava em Arouca a tomar o segundo pequeno almoço numa esplanada no meio da festarola. Até aqui tudo bem, o pior estava para vir.
Seguiram-se uns valentes km a subir e uma longa descida, com paisagens fantásticas. Comecei a ficar preocupado com tanta descida, pois antevia subidas por aí... Paragem no final da descida para umas fotos junto ao Rio Paiva e volto a montar na bicla para subir até Alvarenga, a primeira verdadeira contagem de montanha. No final da subida, voltei a perder-me e chegado a Alvarenga voltei a perguntar o caminho para Cinfães ao que responderam "isso sobe para car****! Mas vai ter que ir para trás!!". Com tudo isto, somam-se mais 10km, ao que deveria ter feito. Nova subida para a Nespereira, já um pouco fatigado e depois para terminar com a cereja no topo do bolo, a longa e durissima subida (7,2km) para o Pêso. Acho que nunca sofri tanto em cima da bike, quanto mais subia, mais inclinada parecia a subida, mas lá consegui atingir o topo. Aproveitei a descida para relaxar um pouco, embora fosse uma descida algo técnica, para preparar a ultima subida para o Pinheiro, que se revelou uma dureza, mas com a motivação da chegada, foi feita a um bom ritmo. 



Uma última foto na "entrada" do Pinheiro e descida até casa onde a família me esperava, já com o almoço na mesa.
Foram 114 kms em 5h40, com muita dureza, mas com paisagens fantásticas para desfrutar da viagem. Com certeza irei repetir, mas com companhia.

Boas Pedaladas!!!!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Nepal 2011

Julho e Agosto 2011
Geografia
O Nepal está localizado no sul da Ásia, entre a China no norte e a Índia no sul, leste e oeste. Este país é dividido em três regiões geográficas principais: os Himalaias, a região média e a região TeraiO ponto mais alto do país é o Monte. Everest (8.848 m), enquanto o ponto mais baixo é na planície de Terai Kechana Kalan em Jhapa (60 m).
Costumes e religião
Os costumes e tradições são diferentes de uma parte do Nepal para outro. Um aglomerado está na capital Katmandu, onde as culturas se estão a fundir para formar uma identidade nacional. Kathmandu Valley tem servido como metrópole cultural do país desde a unificação do Nepal desde o Séc.18. Um fator de destaque num nepalês no seu dia a dias é a religião. Uma nova cor para na vida dos nepaleses são festivais, que durante todo o ano se celebram com muita pompa e alegria. Alimentação desempenha um papel importante na celebração destes festivais (assim como os custos das coisas que para os turistas triplica).
A maioria dos nepaleses são ou hindus ou budistas. Os dois co-existiam em harmonia através de vários séculos. Buda é amplamente adorado por budistas e hindus do Nepal. Os cinco Dhyani Budas; Vairochana, Akshobhaya, Rathasambhava, Amitabha e Amoghasiddhi, representam os cinco elementos básicos: terra, fogo, ar, água e éter (?)...
 Para os mais curioso visitar:
--> http://welcomenepal.com/promotional/know-nepal/nepals-history/

Certo dia, em conversa, disse: "E umas férias no Nepal??" Todos se riram... O certo é que dia 27 de Julho de 2011 estávamos de partida para explorar esse país.
Kathmandu durbar square
Pashupatinah Temple
Chegados lá a confusão era total nas ruas de Kathmandu, típico de uma metrópole asiática. Aqui passamos os primeiros dias (2) da nossa estadia. Visitamos vários templos que aconselhamos a ir ver, o Swayambhunath temple ou Monkey temple; o Boudhanath temple, que tem uma Stupa fantástica e onde nos traz uma demonstração de paz incrível; o Pashupatinath temple, que é o crematório nacional e a durbar square de Kathmandu, onde havia umas festividades. Em todos estes templos é cobrada uma entrada, mas vale a pena gastar uns trocos para os ir visitar. Nas ruas de Thamel, zona mais "turística", são lojas atrás de lojas, numa oferta incrível do mais variado material para trekking e alpinismo a muito bons preços, é só ter a arte de negociar.
Boudhanath Temple
Swayambhunath Temple
Depois deste dias fomos para Pokhara, onde fizemos os primeiros 6 dias de Trekking, numa zona bem perto do Anaphurna. Foi uma experiência incrível, apesar do tempo não ser o melhor, mas vimos paisagens fantásticas. Durante todo o percurso fomos "atacados" por sanguessugas, algo que nos deixava sempre um pouco stressados e a chekar sempre se alguma nos tinha atacado. Valeram as paisagens para esquecer todo o resto... Neste trekking destacou-se o lodge de montanha, que era muito acolhedor e muito bem aquecido, pois lá em cima faz frio. Durante o percurso conhecemos uns franceses muito simpáticos com quem travamos conversa e viemos a saber que ela era descendente de portugueses. E aassim lá fomos matando saudades do nosso país e dos nossos costumes.
 Terminado o trekking seguimos para a "selva", localizada bem perto da fronteira com a India, em Chitwan, onde ficamos uns dias. Andamos de canoa num rio com crocodilos (LOUCURA) para fazermos um tipo de safari a pé para tentar ver os rinos e até mesmo tigres, mas... nada!!! No dia seguinte andamos de elefante e aí sim, vimos uns "rinos", mas que pareciam domésticos :)
 Voltamos a Kathmandu e no dia seguinte seguimos para norte, para fazer mais um treking (9 dias) pelo Langtang. A viagem para Dumche foi uma verdadeira aventura, especialmente os últimos km, em piso de terra, muito, mas muito agreste. Tivemos até que sair do autocarro tamanho foi o susto, mas fazia tudo parte da viagem. 95km e 9h depois chegávamos ao destino. No dia seguinte iniciamos o trekking e este foi bem mais duro que  anterior, visto termos atingido os 4750mts de altitude e andarmos vários dias acima dos 3000mts, o que não ajuda muito devido à privação do oxigénio. Neste percurso aconteceu-nos uma peripécia, como andávamos a dormir por 5€ nos Lodges de montanha, heis-nos chegamos a Gosaikunda, onde haviam umas festividades e nos cobravam a módica quantia de 50€ pela dormida... Uma loucura... e agora o que fazer??? Já com 2h30 de caminho (sempre a subir), vamos seguir ou ficar??? Optamos por seguir, o que se revelou mais sensato, até porque ganhamos um dia, mas a descida até ao seguinte lodge revelou-se bem durinha. Continuamos a descer até que num dos lodges conhecemos o Hugo (Holandês) e o Jhua (Filandês), dois amigos que andavam em busca de aventura. Dois aventureiros muito relaxados e sem nada programado, como eles diziam "amanha logo se vê o que vamos fazer". Depois de muitas horas de conversa ficamos a saber a coragem e a uma perspectiva diferente de ver a vida... Vivem a vida com alegria desprendida de valores e dos costumes... Lá seguimos o caminho rumo a Kathmandu e no penúltimo dia, andamos debaixo de chuva umas 2h até ao lodge, foi o dia mais longo de trekking e onde apanhamos as piores condições meteorológicas.

 Chegados a Kathmandu e com o ganho de um dia resolvemos ir visitar a Durbar Square de Patan, que se revelou fantástica com muita côr (e muita gente também), pois havia festa.Bebemos um belo chá no terraço de um café com vista sobre a praça e regressamos a Kathmandu, para no dia seguite voltarmos para Portugal. Ficou o desejo de lá voltar, pelo menos para ver o Everest (nem que seja de longe)!!!

Patan durbar square