terça-feira, 25 de outubro de 2022

Aventura do Grupetto nos Pirinéus

Pirinéus - Junho 2022     

Dia 1

Maia - Viseu - Biarritz - Lourdes - Cauterets (muitos km e muitas horas)

De volta à escrita passados uns anos... Este ano, em junho, vivi uma grande aventura velocipédica com uns amigos. Num jantar com o grupo, resolvemos rumar aos Pirinéus para pedalar nas mais míticas montanhas do Tour. Com a pandemia pelo meio, este projeto ficou adormecido, mas passada a fase critica da pandemia, resolvi apresentar novamente a ideia num jantar com a malta do pedal, AKA Grupetto 2022. Neste jantar consegui convencer mais 6 almas a partilhar esta aventura comigo. Rapidamente foi marcado o alojamento, não vá a malta desistir, em Cauterets um local de fácil acesso 😁😁 e que fica relativamente perto de todas as subidas que planeamos fazer. A viagem lá se foi organizando sem muitos percalços, até que 2 meses antes tive uma queda, por sorte sem grande gravidade, 3 semanas antes o Pedro Cordeiro apanhou Covid, na semana seguinte "moi mêmê" com Covid e a 1 semana de partirmos fica infetado o Lopeky AKA "Superman" Lopes. Para agravar o quadro, a notícia de que o nosso Ricardo não poderia viajar com a malta por motivos familiares, mas ele mexeu-se bem e arranjou rapidamente forma de ir ter connosco no dia seguinte.

    Chegado o dia da partida, o meu despertador não toca e tenho o João à porta de minha casa, qual "sem abrigo", fartinho de me ligar e... NADA. 30 mensagens depois, toca a campainha para acordar a prima Donna. Recolhidos todos os atletas, iniciou-se uma longa viagem. Paragem para umas fotos e uns morfes em Biarritz. Em Lourdes paramos para jantar e como atletas que somos  fomos ao McDonald´s (não havia mais nada aberto às 21h). Após o jantar o destino era Cauterets. Aqui fizemos o reconhecimento da estrada que dava para o nosso alojamento, uma bela subida (quase rolante) 😂 até surgirem 4 ou 5 cotovelos com pendentes perto dos 2 dígitos e aí o João põe as mãos à cabeça e diz-me: "- ACHAS QUE CONSIGO FAZER ISTO????"... Risota geral, a noção de subida difere de uns para os outros.😁



Dia 2

Cauterets - Col d´Hautacam - Col du Tramassel - Cauterets --> (65.8km; 1674 D+)

    Alvorada por volta das 8h, seguida de pequeno-almoço e às 9h30 estávamos a arrancar para o primeiro dia desta aventura. Resolvemos sair desde o alojamento até Argéls-Gazost, foram cerca de 9km de descida e depois de mais uns 3 ou 4km estávamos à entrada do mítico Hautacam. Os primeiros kms foram "meigos" mas depois a subida fica mais exigente. Cada um seguiu ao seu ritmo, com o Lopes e o Tó a destacarem-se lá na frente (máquinas), seguidos da surpresa desta viagem, o João que se portou muito bem mostrando-se com algum à vontade nas subidas. O "miolo" da subida é o que mais custa, 4km entre os 10% e os 11%, acompanhados de algum calor não e para terminar em grande, os últimos cotovelos, que de alguma forma até ajudaram pela beleza da paisagem e porque nos conseguíamos ver nas diferentes fases da subida. Chegados ao topo, fomos desafiados pelas 2 máquinas a fazermos mais 1,2km de subida, onde culminava o Col du Tramassel. Apesar da minha hesitação, lá fomos e valeu muito a pena pelas paisagens deslumbrantes no topo.

    Após uns bons minutos de relax e de saborear toda aquela beleza, descemos a toda a velocidade e paramos para almoçar em Argeles-Gazost, onde sobressaiu o nosso Francês aquando dos pedidos 😁. Bem ou mal, lá nos desenrascamos e ganhamos força para a ultima subida do dia, Cauterets, o regresso ao nosso alojamento, feito debaixo de um calor tórrido. De carrinha, a subida não parecia nada fácil, mas de bicicleta e com o calor, veio a concluir-se que aquela seria a primeira e ultima vez a fazê-la. Muita dureza e aqueles "cotovelos" com pendentes acima dos 10% deitam abaixo a moral de qualquer um. Chegamos ao destino e depois do banho tomado, ainda deu para passear pelas ruas e parar numa esplanada. Terminamos o dia, com o atendimento na esplanada feito por um Tuga. Estamos em todo o lado...


Dia 3

Argeles-Gazost - Col de Borderes - Col du Soulor - Col d'Aubisque - Argeles-Gazost (90,5km 1849D+)

    Neste dia a alvorada foi mais cedo, saímos do alojamento às 7h50, pois o dia prometia ser muito quente e duro. Iniciamos a descida de bike para Argeles-Gazost e desta vez deixamos lá a carrinha (e o meu PC) pois tinha agendada uma reunião e no plano inicial estava prevista a chegada a horas. De Argeles iniciamos a subida, mas optamos por ir por Saint Savin que tem vistas fantásticas, para fazer o Col de Borderes, que tem 12,6km com pendente média de 6,2%. Comparado com o Hautacam é relativamente mais fácil, tirando os últimos 2km que são bastante duros. Seguiu-se uma descida perigosa até Arrens e é aí que começa a doer... inicio do Soulor (7,3km a 8,1%) durinho qb, mas atenuado com paisagens magnificas, breve paragem no topo para apreciar a paisagem e siga viagem para o Aubisque (7,2km a 5,2%). Estrada divinal com paisagens de cortar o fôlego, quanto à dureza, não tão duro quanto o Soulor, mas com as 2 subidas seguidas são 19,6km a 6,2%, que já dá uma bela dor de pernas. Para piorar a situação a hora da reunião aproximava-se e nós no cimo do Aubisque 😵 

Paramos num café/restaurante para o almoço e somos atendidos por um outro tuga. Após o almoço, o Lopes e o Tó regressaram e os restantes estiveram 2h30 à espera que a minha reunião terminasse 🙏. Terminada a reunião, regressamos a Argeles-Gazost-Gazost, primeiro numa descida eletrizante até Arrens, seguindo-se uma descida mais "pedalável" que eu o António e o Pedro fizemos sempre no "red line", a desfrutar cada metro daquela descida. Chegados a Argeles-Gazost, apanhamos a carrinha e rumamos a Cauterets, mas não sem antes pararmos no Carrefour de Montanha para as compras do jantar. Para terminar o dia uma deliciosa lasanha feita pelo João. Digna de estrela Michelin!!!


Dia 4

Argeles-Gazost- Tourmalet - Lourdes - Argeles-Gazost (111,5km 1894 D+)


Chegou o dia de subirmos ao GIGANTE Tourmalet... Com temperaturas previstas a rondar os 40ºC saímos por volta das 7h30, fazendo mais uma vez a descida de Cauterets a Argeles-Gazost. Aí deixamos novamente a carrinha e de seguida, rumamos a Luz-Saint-Sauver, onde nos deparamos com o km zero do Tourmalet (18,6km a 7,6% de pendente média). Iniciamos a subida, nas calmas, todos juntos e com o passar dos kms fomo-nos separando, cada um no seu ritmo, pois a subida era longa. Voltamos a reagrupar em Bareges, onde descansamos um pouco e retomamos o caminho. Optamos por fazer a subida antiga (via Laurent Fignon), que é mais tranquila, pois é só para bicicletas, mas o piso está em mau estado. Tem vistas maravilhosas sobre a nova estrada que se encruzilha nos últimos 4km. Com o Grupetto espalhado pela subida fora, surgem nos últimos 2km, que são os mais duros da subida, pendentes médias de 9% e os últimos 300 metros, foram um suplicio, pensei algumas vezes em pegar na bicicleta à mão, mas lá consegui chegar. À minha espera, já lá estava o trio (Lopes, Tó e Pedro). É uma sensação de conquista incrível, com a malta a chegar a conta gotas, é brutal ver a alegria da conquista em cada um de nós após muitas horas de sofrimento montanha acima. Após uma paragem para contemplar, beber uma coca-cola (ou uma jola) e desfrutar desta experiência, vem a parte mais fácil, a descida... Se no topo já estava calor, quando passamos a estância de La Mongie levamos com um "bafo" de calor incrível, no final da descida, em Campan chegamos a apanhar 42ºC, que fez com que tomássemos a decisão de não ir fazer o Col D'Aspin 😢. Almoçamos uma pizza em Campan e fizemos o vale que nos levou até Lourdes onde as temperaturas chegavam aos 45ºC 🔥, assim que apanhamos uma ribeira, fomo-nos refrescar. Chegados a Lourdes paramos num cafezinho, onde mais uma vez fomos atendidos por um jovem tuga, para retemperar as forças, fizemos uma breve visita à cidade e regressamos pela ciclovia, mas não sem antes darmos um belo mergulho no riacho, para arrefecer o motor. Retomamos a viagem a ritmo TGV até Argeles-Gazost onde tínhamos deixado a carrinha e antes de chegarmos ao alojamento, nova paragem no Carrefour de Montanha para as compras para o jantar. Mais uma vez o chef João ao serviço, foi um belo jantar e bem regado, na nossa despedida desta grande aventura.               



Dia 4

Cauterets - San Sebastian - Viseu - Maia 

Regresso lento e pesaroso à realidade, foi uma viagem sem percalços, mas bastante custosa, fica a sensação que não foram dias suficientes para o que gostaríamos de ter feito, mas quem sabe não iremos regressar...


Para veres o video, clica aqui


Let´s keep in touch




segunda-feira, 13 de junho de 2016

Subida à Gralheira na companhia de um amigo

Sábado, 11 de Junho de 2016

 Ao combinar com os amigos, usufruir do fim de semana prolongado, pelas belas terras de Cinfães, resolvemos, eu e o Lopes, levar a bicicleta para esticar as pernas...
Por muito estranho que possa parecer e apesar do atraso na saída, de quase 1 hora.... a viagem correu bem e sem percalços, com paragem para almoço no Marco de Canaveses.
Chegados ao Pinheiro, fomos dar um passeio com os pequenitos, na expetativa de encontar gnomos e duendes.... fantasias, que a paisagem e as delícias da infância, não deixam morrer... e ainda bem :)
Dado o pontapé de saída para o Europeu, houve quem não abdicasse de um lugar na primeira linha... outros dedicaram-se a preparar o repasto... E que bom que estava... duas de conversa e já o relógio do Pinheiro, dava as primeiras horas da madrugada....
Sábado de manha, saímos atrasados e sonolentos. A primeira parte foi relax, descemos até Porto Antigo, sempre na companhia do rio Bestança e depois do Douro.
Mas o trajeto foi ficando mais exigente... no cruzamento para Vila Nova, como ainda estavamos frescos, fizemos a  ligeira subida, com algum ritmo, imprimido pelo Lopes.
A passagem pela casa da minha bisavó, deu para relembrar velhos tempos e adormecer a consciência...mas por pouco tempo... a subida continuava e ainda faltava muito para o fim.
Paisagens deslumbrantes, tempo perfeito para andar de bicicleta e companhia de topo, não se podia pedir mais.... o percurso era duro e exigente mas procurava aproveitar o seu todo, mesmo quando sofria em cima da bicicleta.
Na passagem pelas aldeias de Valdozendo, Ramirez e Pimeirô (parte final da subida) as rampas não ba
ixavam os 10% atingindo por vezes, os 17%.
Os meus olhos fixavam o carreto, na tentativa de encontrar mais mudanças para tirar... procura em vão..... foi sofrido mas valeu a pena.... a serra é linda, vista daqui!!
A primeira subida estava feita, foram 21km de subida com 1098 D+ restava a descida até Carvalhosa e subir o Montemuro, 5km com 5% de pendente média.
A subida ao Montemuro foi feita em bom ritmo e em perseguição ao Lopes que está a andar muito...
20 Kms de descida até Cinfães do Douro, a terra da magia, num pedalar constante, a boa velocidade, apesar do vento contra. Na vila, tinhamos a malta à nossa espera... para um café e um matulo (doce de manteiga da região). Uma paragem de 5 minutos, antes do ataque à derradeira subida, de acesso ao Pinheiro (não é muito longa mas com uma pendente média de 8% em 4 kms), com viagem até ao campo de Tiro... quem anda por gosto não cansa....
Já no Pinheiro, a água fresca que sai da fonte, faz milagres... memórias, emoções e vontade de pegar na bicicleta e começar tudo outra vez...
Banho tomado, fomos todos ao repasto no Solar do Montemuro, onde almoçamos muito bem. Seguiu-se um cafezinho nas Caldas de Aregos, com o Douro como pano de fundo.
Regresso a casa e pizza home made para terminar bem o dia... que bem que se está sempre no Pinheiro...."













Até à próxima
Luís Costeira

sábado, 5 de março de 2016

Novo ano e novos desafios... Este ano propus-me fazer o Granfondo do Douro e a maratona dos Dolomitas, mas esta ultima como era por sorteio e não fui o felizardo, optei por ajustar contas com o Skyroad Serra da Estrela, que apesar de o ter feito já por 2 vezes em nenhuma delas o terminei, ou por ser interrompido (2014), ou por razões de logística (2015), à terceira vai ser de vez... E como novidade irei fazer também o Porto Granfondo, pois vou jogar em casa, sendo o percurso da prova ser  bem conhecido, pelo menos parte dele nas minhas viagens a Cinfães. Para além destas provas talvez mais uma outra, o Mêda 100, mas ainda está por definir...




Bons treinos

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Skyroad Mediofondo Aldeias do Xisto

Lousã, 13 de Setembro 2015

Mais um evento de bicicleta de estrada, desta vez só na companhia do meu amigo Lopeky. Fomos fazer o Mediofondo das Aldeias do Xisto, na Lousã, onde eu pela 4ª vez consecutiva estive presente. Desta vez tudo correu bem, chegamos a horas para levantar os dorsais, jantar e fazer o check-in na Pousada da Juventude da Lousã, local onde pernoitamos. Tentamos deitar cedo, mas pusemos-nos na conversa com os companheiros de quarto e acabamos por nos deitar à meia noite. Difícil de adormecer e depois de manter o sono profundo lá chegou a hora da alvorada, 7h estávamos a pé para tomar o pequeno-almoço e depois nos prepararmos para a jornada do dia. Arranjamos as bikes e o material necessário para a prova, a indecisão na roupa a levar, o tempo ameaçava chuva, mas tivemos sorte pois apesar do frio que estava, não choveu só mesmo na ultima descida que foi neutralizada pelos perigos que apresentava. 
A partida foi mais tarde que no ano anterior, às 8h30 e como sempre depois de dada a partida era só doidos à esquerda e à direita, parecia uma verdadeira corrida.. Fizemos-nos ao caminho, começamos com uma bela subida que terminava na Portela de Góis, um pouco mais à frente e já numa zona rápida surge o 1º abastecimento, que na minha opinião está mal colocado, pois a malta aqui já vinha num bom ritmo. Depois do abastecimento uma descida longa, mas tranquila de se fazer a uma boa velocidade apesar do vento que se fazia sentir. Terminada a descida começa a subida que terminaria na Picha e que final de subida com uma valente rampa, novo abastecimento, desta vez só liquido e siga para Castanheiro de Pêra, aqui já seguia sem a companhia do Lopes, mas arranjei a companhia de uns amigos onde rolamos a um bom ritmo até ao abastecimento seguinte, onde não parei e segui para a ultima subida, 13km que nos fazia subir a serra da Lousã. Encontrei 2 irmão que eram novos nestas andanças e que seguiram na minha roda boa parte da subida, depois aumentei o ritmo atrás de um outro ciclista e eles ficaram para trás. Apanhamos um outro atleta com uma bela máquina, uma Canyon, está claro e fomos os 2 até à meta. Cruzada a meta fiquei um pouco à espera e chega o verdadeiro campeão, o Lopes que não fez praticamente nenhum treino e termina a prova de forma impecável. O pior estava para vir, o frio e a chuva que se fizeram sentir numa descida de 20km, que ainda bem que foi neutralizada, caso contrário poderiam surgir vários acidentes com malta mais entusiasmada na corrida. Chegamos bem à Lousã, banho na pousada da juventude e almoço, para a seguir regressar a casa. Mais uma aventura vivida e com certeza mais virão.
Até lá
Luís Costeira






Skyroad Serra da Estrela 2015

Manteigas, 12 de Julho de 2015

Mais uma aventura vivida em cima da bicicleta.... Com o fim de semana já organizado há uns meses,  com a marcação da dormida nos Chalés de Montanha juntamente com os nossos amigos, Pedro, Lopeky, Lota, Marcia e o Andrezinho, heis que surge o convite de casamento de uns amigos que se iria realizar, imaginem só a coincidência, na véspera da prova. Como são nossos amigos próximos não poderiamos recusar o convite e lá fui eu dando a ideia à Du que teriamos que sair cedo, pois a viagem para a Serra ainda era longa. 
Chegado o dia, a saída que deveria ser cedo, foi feita à 1h30 da manha e aqui começa a verdadeira aventura. Já com o percurso traçado na minha mente, resolvi ir pesquisar o melhor caminho no GPS, inicialmente tinha a ideia de ir por Seia, Torre e Penhas da Saúde e o GPS dá-me um caminho mais curto e mais rápido se fossemos por Gouveia. Lá resolvi ir pelo caminho que o GPS me deu, o 1º erro... O pior foi a seguir que antes de chegar ao cruzamento para o Sabugueiro o GPS ficou sem bateria e quando dei por ela estava a chegar a Manteigas, WHAT???? Foram vários os telefonemas para o Lota para nos orientar, mas o stress e o cansaço já não deixavam pensar. Ora bem, de Manteigas às Penhas da Saúde são mais ou menos 12km subindo o Vale Glaciar e para nossa sorte, a estrada estava fechada e eu já estava em pânico pois não via a hora de chegar e preocupado com o pequeno Fred, que dormia profundamente, não era nada com ele.
Valeu a Du com a sua calma para parar e pensar na melhor forma de regressar. Abrimos o mapa e a melhor solução seria voltar para trás e virar no tal cruzamento que falhamos para o Sabugueiro, mais 60km por estradas da serra. Resultado, chegadas às Penhas da Saúde às 5h45 da manha, valeu por vermos o nascer do sol na Serra. Fomos recebidos pelo Lopes, Lota e pela Marcia, que foram incansáveis e estiveram sempre acordados a tentar ajudar-nos. Dois dedos de conversa e foram todos recolher e acorda o Pedro, que estava completamente fora do acontecido e quando lhe digo que tinha acabado de chegar ele nem se acreditava, faltavam só 2h para iniciar a prova.
30 minutos a relaxar no sofá, uma soneca rápida, pequeno almoço, equipar e siga para a partida. Saimos de casa de carro e começamos a descer o Vale Glaciar. Chegados ao inicio das obras resolvemos deixar ali o carro e descer de bike aé Manteigas, local da partida. Aí já senti dificudades em concentrar-me na estrada devido ao cansaço e resolvi fazer o Mediofondo, que bela estreia da minha nova Canyon nestas andanças.
Chegamos à partida faltavam 3min. para começar a prova e fomos para as nossas "boxes". Deu-se a partida e começaram logo alguns ataques com alguns atletas cheios de pressa a passarem por nós como loucos. Esperamos um pouco pelo Lopes e lá fomos os 3 até meio da 1ª subida onde o meu organismo não me deixava acelarar montanha acima e resolvi fazer companhia ao Lopes, que para quem pouco treinou, portou-se muito em na prova.
O Pedro lá seguiu no ritmo dele subida acima a um bom ritmo e eu e o Lopes lá fomos no nosso ritmo a desfrutar das belas paisagens, que por acaso já lá tinha passado há umas horas atrás quando andei por ali perdido. Depois da subida uma descida algo perigosa devido ao mau estado do piso mas sem grandes consequências e que nos levou a Seia onde nos esperava uma bom abastecimento. A partir daí foi sempre a subir até à Loriga, depois foi a loucura com o aparecimento do Adamastor, qual tempestade no cabo da Boa Esperança. Melhor teste não havia para a minha nova máquina, 17km de subidas bem íngremes e sem fim :D Na parte final da subida passaram por mim os primeiros atletas do Granfondo e que ritmo levavam eles, parecia que estava parado. Ultima subida de acesso à Torre e já tinha o meu filhote, a minha mulher, o Lota, a Marcia e o André Xoné à minha espera e que bom foi vê-los ali a apoiar-me. Mais um objetivo cumprido, não da forma como queria mas como teve que ser, passado pouco tempo chega o grande Lopeky e até parecia que tinha ido passear. Sessão de fotos, e descemos de bike até aos bungalows, banho e repasto a seguir, e para nossa surpresa aparece o Pedro que fez um tempo excelente no Granfondo, benditos treininhos de descompressão.
Venha o próximo desafio Caminho de Santiago, com final em Finisterra e regresso a casa by bike.
Até lá

Luís Costeira







quarta-feira, 13 de maio de 2015

Trail Maia Northside Run

Domingo 10 de Maio de 2015

Depois da prova da semana anterior, o Dourogranfondo, resolvi tirar umas férias da bike e juntar-me ao meu grupo de corrida para um treino em Valongo. Nada muito exigente, apesar de alguma dureza, principalmente na famosa subida do Elevador. Foi uma manha de domingo muito bem passada na companhia de malta fantástica que se preocupou em estar sempre junta e apoiar todos aqueles que tiveram contacto pela primeira vez com o Trail e que com certeza ficaram rendidos à beleza desta modalidade. E claro, o ponto alto no final, onde a Isabel nos presenteou com umas sandes de presunto e umas "mines" :D Fica aqui um pequeno resumo em video e em fotos do treininho... 




O raio do elevador está sempre avariado :D






quinta-feira, 7 de maio de 2015

Dourogranfondo

Peso da Régua, Maio de 2015


Sábado 2 de Maio

Mais uma aventura de bike, desta vez acompanhado pelo meu amigo Pedro Cordeiro. Feita a inscrição, já há uns meses, dias antes, ainda estivemos na dúvida quanto à participação na prova, dada a previsão meteorológica para esse Domingo. Ultrapassada a incerteza, Sábado lá rumamos a Tabuaço, local onde pernoitamos. Fica desde já o agradecimento ao Eng Rui Antunes pela cedência da casa. Chegados a Tabuaço, arrumamos as tralhas e fomos jantar ao Restaurante Tábua D'Aço, onde fomos muito bem recebidos, ambiente muito simpático e acolhedor. O logotipo da Sky, na t-shirt, chamou a atenção do Chef. Conversa puxa conversa e ficamos a saber que a Sky esteve a estagiar num hotel na Austria, propriedade desse mesmo Chef! Bons contactos que arranjamos :D. Assim, resolvemos seguir o conselho do Chef... uma massinha de atleta e com pena nossa, a tentação de"encher o bandulho", ficou para a próxima! Só posso dizer que foi a escolha acertada! Estava tudo muito bom! Terminado o jantar fomos para casa, fizemos os preparativos para a prova: escolher o equipamento mais adequado ao tempo, colocar os dorsais e confirmar todo o material. Não pode falhar nada! Feita a verificação... dormir.... que amanha vai doer...

Domingo, 3 de Maio



Dia D..., alvorada marcada para às 6h15.  O pequeno almoço, foi consistente, mas uma aventura para organizar... fez-nos falta o Chef... para nos orientar! Depois de muito procurar lá fizemos as nossas coisas, cada atleta com a sua especialidade :D. Últimos preparativos, arrumação do material e siga para a Régua. Chegados lá estacionamos no primeiro sitio que apareceu, um erro que mais tarde iríamos pagar.
Tiramos as bikes do carro, fizemos os últimos retoques e... Começa a chover, lá fomos até à partida e começou a loucura, era gente e mais gente, bikes fantásticas, equipamentos de todas as cores e mais algumas e até vi a Canyon que comprei, é TOP :D
Na partida os atletas foram divididos por "Boxes", eu fiquei na "C" e o Pedro na "D". Dada a partida às 9h05 começou a loucura, uns pareciam atrasados e com pressa de chegar, outros a "curtir" o momento e outros em "stress" (Pedro :)) pois era tanta gente, a estrada estava molhada e a chuva a ajudar. Os primeiros 15km foram uma loucura, sempre em grande velocidade e com a preocupação de guiar o Pedro pelo menos até à primeira subida, momento onde a corrida ficaria mais partida. Até lá ainda estivemos indecisos se iríamos fazer o Medio ou Granfondo, mas como somos guerreiros optamos pelo Grandfondo. Ainda antes da primeira subida para S. João da Pesqueira, encontrei um companheiro de equipa da A2Z-Adventures, o Domingos Lopes, e formou-se um grupinho à maneira, lá fomos subindo ao nosso ritmo, na amena cavaqueira e a desfrutar das fantásticas paisagens por onde íamos passando. Subida tranquila e sem grandes dificuldades chegamos ao 1º abastecimento e nem sabíamos por onde começar tanta era a variedade de alimentos. Feito o abastecimento seguiu-se uma descida até à barragem da Valeira, uma descida algo técnica e onde rapidamente se atingem altas velocidades, tivemos sorte pois o piso estava seco, mas mesmo assim e pelo relato de um companheiro que fez parte da subida com o grupo houve uma queda feia nessa descida. Rapidamente chegamos à barragem e claro está, tudo o que desce sobe, e que subida até Carrazeda de Ansiães com algumas rampas bem duras com 9, 11 e 14%... Final da subida, novo abastecimento e retemperar as forças pois ainda faltavam 113km. Nova descida, feita a grande velocidade onde rapidamente chegamos a Foz do Tua, paisagens fantásticas com as vinhas e o rio a embelezar as vistas, mas com as obras da barragem a estragarem um pouco a paisagem. 3ª subida desta vez até Alijó e depois Favaios, a estrada quando inclinou foi uma loucura com as primeiras rampas com 11% e 14%, uma loucura, o grupo foi-se desfazendo e de repente vamos ficando sozinhos. Fui pondo o meu ritmo e nova paragem em mais um abastecimento no final da subida, onde aos poucos iam chegando os elementos do grupo. Voltamos a descer até Cheires, para depois subir até Sabrosa, que para mim foi uma das subidas mais duras, apesar de terem sido só 4km a percentagem média era de 8,5% e onde tive uma ameaça de caibras, mas lá meti o meu ritmo e a situação acalmou.
Novo abastecimento e este muito bem-vindo pois as energias já não eram muitas. Arranquei sozinho, mas na descida para o Pinhão rapidamente foi apanhando alguns atletas. Foi um descida fantástica, muito rápida mas com paisagens bonitas mas com a parte final, na chegada ao Pinhão, com paralelo que serviu de massagem para descomprimir. Juntei-me a um grupo de malta com 2 elementos que moram na Trofa e que também, tal como eu, fazem provas de trail e que foi o motivo da conversa até ao ultimo abastecimento. Este abastecimento foi importante, pois iríamos ter pela frente uma subida de 7km para Armamar com 6,7% de inclinação média tendo o ultimo km 12% de inclinação média e que melhor final de prova que não este??? Mas antes dessa subida iríamos percorrer 12km na estrada mais bela do mundo. A subida foi feita num ritmo bastante lento, pois as pernas e a mente já não deixavam impor um ritmo mais rápido, cada km pareciam 10, a subida não parecia ter fim e o ultimo km foi de extrema dureza. Quando cheguei ao final da subida, pensei eu que iríamos descer para a Régua, mas estava enganado, ainda tivemos uma pequena subida, que psicologicamente deita um pouco abaixo, mas que foi superada a um bom ritmo na roda de um companheiro. Descida final e para nosso azar estava molhada, pelo que teve que ser feita com calma e com algum stress pois não queria estragar a prova no fim... Passado este ultimo obstáculo, chegada à Régua e o cruzar da meta 7h20min depois de ter dali saído. A bicicleta que usei foi uma Lapierre do meu amigo Lopes, a quem desde já agradeço por me ter emprestado. Adorei a bike, é muito confortável, segura e rola muito bem, parabéns pela aquisição :D
Passado uns minutos,  chegou o meu companheiro Pedro, uma chegada muito saudada pelos companheiros alentejanos que estavam comigo. Depois de recebermos as medalhas, fomos ao carro buscar as coisas para o banho e segui-se uma viagem a pé de aproximadamente 3km para as piscinas para tomarmos o belo duche e sempre debaixo de chuva, será desnecessário dizer que regresso foi igual :D Foi um alongamento ativo...

Mai uma aventura vivida e ultrapassada e agora venha a Serra da Estrela que é já em Julho...














A felicidade da chegada e do dever cumprido :)