domingo, 20 de outubro de 2013

Skyroad 2013

Lousã 13 de Outubro de 2013
Feita a inscrição e com um turbilhão de coisas novas a acontecer na minha vida, na véspera do evento liga-me o PP a perguntar se sempre ia participar na prova??? E eu respondo-lhe, "deixa ver como corre esta semana...", ao qual ele responde: "Oh pá! a prova é amanha...", jantei e lá me fiz à estrada, rumo à Lousã, para antes, ainda levantar os dorsais da grande equipa A2Z-Adventures... Chegado ao destino, precisei de um mapa, para encontrar o secretariado :) Depois de alguns minutos, para  levantar os dorsais e uma breve visita pela mini-feira, voltei à estrada para ir dormir ao "Palácio" do Mourão, na Ferraria de S. João. Coloquei as coordenadas no GPS e fui parar algures no meio de sei lá onde, isto 30min depois de ter saído da Lousã. Pelos vistos, as coordenadas não estavam bem e encontrava-me a 40 min do destino... arranquei, já não era cedo e, no dia seguinte, às 6h da matina estariamos a pé. Chegado a casa do Mourão, dois dedos de conversa e descansar que amanha vai ser a doer.
Alvorada às 6h da manha e depois do pequeno almoço rumamos para o ponto de encontro da equipa, junto à linha de partida. Distribuídos os dorsais, últimos preparativos e vamos para a partida... 1000 participantes aguardavam ansiosos pelo tiro de partida que foi dado às 8h00. Na retaguarda do pelotão seguiram alguns elementos da equipa e os mais preparados partiram um pouco mais à frente ganhando algumas posições. Segui com eles durante alguns km, mas depois descolei e fiz a prova no meu ritmo, desfrutando das belas paisagens e dos abastecimentos :) aproveitando também, para tirar umas fotos. No decorrer da prova ainda andei "encostado" aos atletas da Efapel que também iam a desfrutar da prova, parando por longos momentos nos abastecimentos. A minha condição física não era a melhor e nas subidas cedi um pouco. Fui guardando algumas energias até Castanheira de Pêra onde surgia a última subida que foi feita a um bom ritmo e onde tive boas sensações. 13km de subida e seguia-se uma longa descida de quase 20km, que foi feita a um ritmo elevado com alguns companheiros de prova. A descida tinha alguns sitios perigosos e com os carros a fazerem a subida (em sentido contrário) podiam ter sucedido alguns acidentes, mas tudo correu bem. Última curva, bem apertada, e meta à vista, sem sprint e feita com muita tranquilidade...
Seguiu-se o banho e o repasto :) Para o ano há mais...

Video do evento aqui: http://www.youtube.com/watch?v=q9e0SA8jka4

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Camiño de Santiago 2013

Julho 2013

1º dia Maia-Ponte de Lima
Saímos de casa às 8:30h rumo a Santiago. 2 min depois estávamos parados porque a Bike do Pires estava com problemas nas mudança... Bom prenuncio:) seguimos viagem e a primeira paragem deu-se junto à ponte sobre o rio Ave para tirar umas fotos... De seguida veio a 1ª dificuldade uma bela subida e o Pirex só com a mudança maior (Talega) :) passada a dificuldade, prosseguimos a peregrinação e voltamos a parar em Rates para o segundo carimbo na credencial e tomar um café. Seguimos, sempre por caminhos e estradas secundarias, sempre atrás das seta amarelas. Paragem para o almoço, no Pedra Furada uns km antes de Barcelos onde "embrulhamos" uma sande de rojão acompanhada de uma coca-cola bem fresca. Mais um carimbo na nossa credencial... Em Barcelos paramos numa loja de bikes para arranjar a "burra" do Pires, sorte a dele que o
homem não lhe cobrou nada :) seguimos o nosso caminho e eis que encontramos um riacho, o Pires até se atirou pro chão tanta era a vontade de mergulhar ou então ficou louco com a sereia que lá se encontrava. Um mergulho para refrescar e... siga. Sempre por trilhos com algumas subidas e umas descidas loucas, uns tombos do Pires e lá chegamos a Ponte de Lima 4:55h depois, onde ficamos a desfrutar do rio, e nos arrependemos de não ter dado um mergulho em vez de ficarmos à espera que o albergue abrisse. Fizemos o "check in" e fomos arranjar o porta alforges do charuto do Pires, vamos ver como fica amanha:) Banho tomado, demos um passeio pela cidade e paramos numa esplanada a fazer horas para jantar. No final do dia procuramos um restaurante, River view onde não se comeu nada de especial e nada barato, o meu Tio Carlos ainda nos fez companhia no café. 21:45 siga pro albergue que fecha ás 22h, xonar porque amanha o dia é duro.



2º dia Ponte de Lima-Pontevedra
Alvorada às 7h e fomos tomar o pequeno almoco, ou tentamos, no café ao lado do albergue, mas estava um alvoroço que resolvemos ir ao café central, às 8h estávamos a sair de Pte de Lima. Inicio de jornada tranquilo, mal sabíamos o que aí vinha, mas isso é outra conversa. Começaram as subidas que iam aumentando de forma gradual, ao ponto de as bikes serem transportadas à mão... A subida da La Bruja é descomunal, muito íngreme e com muita pedra, mas lá chegamos ao topo, digno de foto e video. Alguns metros mais à frente encontramos uma Roulotte de um estrangeiro que nos salvou dando-nos água e também um belo carimbo. A roulotte estava imbuida num espirito de paz e harmonia, que transparecia no seu dono, tudo muito arranjado com um incenso a arder e com o necessário para os peregrinos menos prevenidos. Iniciada a descida e foi a festa, apesar de algumas partes mais técnicas deu para recuperar o fôlego. Seguiram-se mais umas quantas subidas e descidas e com uma paragem antes de chegar a Valença por causa dos alforges do Pires, mais uma vez.
Chegados a Valença entramos na muralha e entramos logo no 1º restaurante que apareceu pois a fome era negra, cometemos o erro de não termos feito uma paragem a meio da manha para nos alimentarmos e acusamos o esforço. Depois de um almoço reforçado e de uma paragem de 1h fizemo-nos ao caminho atravessando toda a muralha por ruelas e calçadas. Atravessamos a ponte e estávamos em España... Seguimos o caminho com mais subidas logo à entrada até à Catedral de Tui e depois uma descida, mas por escadas... A loucura!!!! Paramos mais à frente numa fonte pra nos refrescarmos pois estava na hora do calor... E não víamos ninguém a fazer os caminhos, só os doidos dos Tugas. Seguimos viagem, que viria a ser interminável com um sobe e desce constante, rampas bem inclinadas caminhos técnicos onde por vezes a bike ía à mão e a desmotivação a começar a
aparecer visto que Pontevedra teimava em não aparecer:( continuamos por caminhos bem sinuosos mas lá fomos indo na paz... Chegamos a Pontevedra, qual miragem no deserto... Para mal dos nossos pecados, o albergue estava cheio :( "Tienes un mas arriba" - Raina de la Paz - que ficava no cimo de uma colina... Bem era só mais esta subida e depois descanso, mas antes vamos jantar. Jantamos e arriba mais uma boa subida pra ir dormir. Lá encontramos o albergue onde estavam umas angolanas muito bem dispostas e preocupada com o nosso ressonar :) mas afinal quem ressonava eram elas... Mais tarde chegaram uns franceses que já estavam de volta pra Portugal e ainda nos deram umas dicas para o nosso regresso. Banho tomado, roupa lavada e siga dormir k é bem preciso recuperar...

Até amanha

















3ºdia PonteVedra-Santiago

Alvorada às 7:00h preparamos as burras e fomos ao centro da cidade tomar o pequeno almoço. Um café con leche e um bolico e o Pirex embrulha 3 rufadas :) fizemo-nos ao caminho, hoje mais bem tranquilo do que ontem, sempre a rolar com algumas subidas mas nada de especial comparado ao dia anterior.

Paragem na café Ponte romana em Padrón para o 2º pequeno almoço num sítio bastante engraçado. Prosseguimos a peregrinação onde íamos encontrando um grupo de escuteiros portugueses que se   espalhavam pelo caminho. Passamos em trilhos muito bonitos num sobe e desce constante, mas em que a beleza era tanta que nem os custou fazer. Paramos para almoço no Mesa de pedra restaurante medieval, se é que podemos chamar restaurante, tanta era a confusão naquele espaço... Comemos umas tostas com queijo e jamon acompanhado da bela coca-cola, e ainda comprei um regalo pra Du.

Depois de alguns km fizemos uma paragem na cafeteria em Ames onde embrulhamos um Aquarius e batata frita. 20min corridos e estávamos em Santiago, onde as setas foram desaparecendo mas lá demos com a Catedral. Fotos da praxe, oficina do peregrino para terminar a peregrinação e fomos beber para festejar a chegada. Depois fomos ao turismo pra procurar sítio pra dormir, tudo bem mais caro do que tínhamos pago até agora. Veio um sr. ter comnosco e por 30€ ficamos a dormir num "arranjo" com maquinas de lavar e secar, mto útil visto os nossos equipamentos cheirarem um pouco mal. Instalados lá tomamos banho e pusemos a roupa a lavar, ou melhor, tentamos por... Descansamos um pouco e fomos dar uma volta pela cidade. Encontramos um restaurante mas a vontade de comer era pouca tal era a minha indisposição. Espero que amanha esteja melhor para pedalar de regresso a casa.

Dia 4 Santiago-Pontevedra
Começa mais um dia com alvorada um pouco mais tarde 8h... A minha disposição ainda não era a melhor e no pequeno almoço só comi meia torrada acompanhada por uma meia de leite que deveria ter sido chá. Ultimas voltas por Santiago, o abraço a Santiago e rumamos a Portugal. O tempo não parecia muito amistoso e assim que saímos de Santiago tive que vestir o impermeável pois começava a chover. Estrada fora com um transito sempre a bombar, lá fomos descendo o caminho sempre acompanhados de aguaceiros. Ia sofrendo na Bike com dores de estômago e sem conseguir comer nada, a estrada sempre num sobe e desce aquilo a que chamamos rompe-pernas e a fadiga começa a aparecer. Paragem em Padrón para um chá e pra esperar k a chuva parasse. Continuamos a viagem mas as dores de estômago não paravam e a paisagem não ajudava nada a desanuviar a mente, para além de não conseguir ingerir nada solido. Tomei a decisão de ligar ao meu irmão para nos ir buscar a Pontevedra visto que não iria conseguir pedalar muito mais sem comer. Faltavam cerca de 15km e nova paragem para ida ao WC e comprar mais água, pareciam que esses km eram intermináveis. A chegarmos a Pontevedra o Pires diz-me k vai continuar, fico triste por um lado porque queria continuar também, mas feliz pela atitude de coragem deste companheiro que é um guerrreiro. Paramos em Pontevedra, aliviamos os alforges do Pires, visto que levou cerca de metade do apartamento, e ele seguiu viagem enquanto esperei pelo meu irmão, que tb não tardou em chegar. Deu-se assim por terminada a minha peregrinação, numa paragem forçada. Não será com certeza a ultima...

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Luís Costeira

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Fim de semana

Junho de 2013
 Depois de um acidente de bike, temos que nos animar e nada melhor que um fim de semana na Costa Vicentina com a minha esposa. Sábado de manha rumamos para sul, para Muda (Grandôla) mais precisamente, onde ficamos instalados na Herdade do Brejo da Amada.  Ficamos num bungalow duplo, algo pequeno para uma grávida e um maneta :) O espaço está muito engraçado, com muita natureza, uma piscina natural e muito espaço para as crianças brincarem, pior foi o tempo que não ajudou...
  No primeiro dia ficamos pela herdade, onde também jantamos, o que não aconselhamos, pois é algo caro e nos arredores há restaurantes para fazer refeições bem mais em conta. 
No 2º dia, a seguir ao pequeno almoço fomos explorar os arredores, praia do Carvalhal, muito bonita e com bom aspeto para surfar, com parque perto da praia e para aqueles mais comodistas por apenas 3€ podem estacionar no parque privado da praia :) Dois restaurantes para fazer as refeições ou petiscar qualquer coisa, ficamos bem impressionado com o Restaurante dos Pescadores. 
Feito o reconhecimento, fomos à vilazinha tomar o lanche matinal... De seguida fomos à praia do Pêgo, com um parque de estacionamento privado bem perto da praia (para quem não que pagar tem que deixar o carro a uns 500mts), mas como só íamos visitar resolvemos deixar o carro junto à praia, onde se dirigiu para nós um senhor que nos disse que não podíamos deixar ali o carro nem para ir somente visitar a praia. Conclusão: "o senhor passa multa??? Não. Só a autoridade- responde ele... Então até já!!! E lá fomos nós fazer a visita. Praia muito bonita, um barzinho com muito bom aspecto mesmo juntinho ao mar.
Seguimos para a praia da Comporta, dentro daquilo que já tinhamos visto e rumamos para Tróia, onde almoçamos umas tapas à portuguesa e fizemos uma visita ao "resort". Casas com muito bom aspeto e bem pertinho da praia... Finda a visita regressamos à herdade e mais tarde fomos jantar ao Mira Ponte, onde comemos uns belos abanicos de porco preto, muito bem servido... Não sobrou nada para contar...
Regresso à herdade e caminha que amanha a viagem é longa.
 Na manha seguinte partimos rumo a Lisboa a casa das priminhas Sara e Rita, onde almoçamos um arroz de polvo muito bom feito pela Sara e pelo Rui. Uma tarde bem passada em Lisboa e regresso ao Porto, para mais uma semana de trabalho.
Piscina natural - Brejo da Amada
Praia do Carvalhal


Praia do Pêgo
Praia de Troia 

Praia da Comporta

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Luís Costeira

terça-feira, 11 de junho de 2013

Paragem obrigatória...

5ª feira, 6 de Junho de 2013
Depois de ter ido buscar a minha bike à Pato Cycles com um novo "look", rodas novas e uma nova fita de guiador, estava eu preparado para fazer mais um treino para aprimorar a forma para o Quebrantahuessos. Mostro os novos retoques da bike ao Zé e ao Vitó e estou de saída para o treino mais curto de sempre... 400mts e PUMBA, queda ao tentar desviar-me de uma tampa de saneamento. Resultado: roda da frente para o "lixo", uma luxação acromioclavicular e 3 semanas de paragem. Mais uma vez fico "à porta" de uma aventura, ficando por terra um granfondo internacional. Mas melhores dias e outras aventuras virão... Fico a aguardar :)






















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Luís Costeira

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Novo restauro de bike (Fixie)

Maio 2013

Ora cá está o quadro que durante tanto tempo procurei e o meu rico irmão me arranjou. Não era bem o que queria, mas vai dar para aquilo que tinha em mente (quadro com tubagem reynolds e sem soldaduras). Apesar de a bike estar em bom estado, vou pintá-la novamente e montá-la peça a peça. O resultado final será uma "single speed"estilo vintage... Ansioso por pegar nela...







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Luís Costeira

sexta-feira, 29 de março de 2013

Pasteleira - Done

Pois é... depois de alguns dias lá ficou pronta a pasteleira do Vitó. Já com 40 e alguns anos, ele resolveu pintá-la e eu procurei forma de a restaurar. Com a preciosa ajuda e formação do Miguel (EasyCycle) lá fomos montando o puzzle e recuperando o que tinha solução. Aqui está o trabalho final...






Venha a próxima...

quarta-feira, 27 de março de 2013

Pasteleira parte II

Ora aqui está a bela da pasteleira já quase pronta... Hoje eu e o Miguel da EasyCycle demos-lhe um bom avanço, amanhã fica pronta...













































Até amanhã....

domingo, 17 de março de 2013

Maratona de Barcelona

Barcelona, 16 de Março 2013



Com partida marcada para as 06h30 no Aeroporto de Pedras Rubras, digo Francisco Sá Carneiro, lá fomos bem cedo, à boleia com o Sr. Mário. 1h40min depois estávamos a aterrar em Barcelona, o piloto, vulgo Brutus, fez uma aterragem violenta que assustou a malta :) Chegados lá fizemos o check-in nos repetivos hotéis, e seguiu-se o levantamento dos dorsais, depois de uma volta pela feira da maratona, com muito material bastante atrativo, fomos dar um passeio pela cidade.
 Resolvemos ir almoçar na Pans perto da Estació de Sans, não recomendamos, pois lá fomos roubados, isto é a Dulce foi roubada. Pois é, cinco pessoas na mesa e alguém rouba a carteira da Du, que estava nas costas da cadeira e debaixo do casaco e ninguém deu por ela, estes gajos são profissionais na arte de roubar, pior do que eles só mesmo os nossos governantes :) Lá se foram os documentos, o dinheiro entre outras coisas, mas o problema mesmo eram os documentos, pois a Ryanair não deixa viajar com as cópias dos mesmos... Seguiu-se a pré maratona, fomos à policia, fazer a denuncia e mandaram-nos ir ao consulado no dia seguinte, Domingo... "Se calhar seria melhor ir agora", dizia a policia que estava no "guichet", isto às 15h locais, hora a que fechava o consulado. Ligamos para o número de emergência e passado algum tempo devolveram a chamada com a explicação do que teríamos que fazer, já estávamos nós a chegar ao consulado... Ficamos mais tranquilos e fomos passear pelas Ramblas. Fomos ao mercado da Boqueria, muito giro, seguimos pelas Ramblas abaixo até ao Maremagnum. Aproximando-se a hora da janta mais uma maratona à procura do restaurante, tendo o Lota como guia, qual guia nepalês para nos indicar o caminho... Ramblas acima, Ramblas abaixo e lá encontramos o restaurante, onde se comeu bem, valeu a pena andar tanto... No regresso ao hotel, nas escadas do metro, o Lota distrai-se e falha o degrau, gozado por todos, qual não é o espanto que 2 segundos depois me acontece o mesmo... Achamos, que pelo andar da carroça ainda íamos passar a noite no hospital, já nos estava a ver a fazer a maratona de muletas :) Para evitar mais desgraças decidimos recolher ao hotel. 







O dia "D"!!! Alvorada bem cedo para um pequeno almoço reforçado e voltar para o quarto fazer os últimos preparativos. Vim ter com o Lota à porta do hotel e rumamos à partida, mas não sem antes tirar uma foto da praxe antes da prova... Dirigimo-nos para a partida, onde estava um ambiente fantástico, mesmo debaixo de alguma chuva. Foram dadas várias partidas dependendo do grupo estipulado, nós colocamo-nos no grupo das 3h30 e íamos tentar ir sempre a morder os calcanhares às bandeiras :) Dada a "nossa" partida lá comecei a correr a minha primeira maratona internacional, sempre debaixo de um ambiente fantástico e ao lado de um grande amigo que me acompanhou sempre com a boa disposição que o caracteriza, foi sempre animado e deu-me um grande apoio na conquista de cada quilometro passado. Um verdadeiro lutador, que mesmo lesionado fez questão de aqui estar presente. O ambiente em torno desta corrida é brutal, com a constante presença de muitas pessoas sempre a apoiar-nos e a dar-nos animo (anim como eles diziam).
 É realmente a rainha das provas, tantas emoções que passamos no decorrer da prova, tantas situações caricatas que se vão vendo, muita gente a sofrer para ter a experiência de acabar os 42,195km. Esta é uma maratona com algumas subidas, mas ficou a marca da subida junto ao Camp Nou onde estava um senhor com um cartaz a dizer que aquele era o ponto mais alto, uma dose de animo para todos, apesar ainda não sabermos que os últimos 2km eram a subir :) Fomos passando por vários pontos turísticos da cidade (ver mapa em cima), alguns deles quase não os víamos de tão concentrados que íamos na corrida, o Lota ía passar pela Sagrada Família sem dar por ela :) A passagem pelo Arc de Triomf, foi fantástica, parecia o publico da volta à França, com cartazes de apoio, incrível mesmo a enormidade de pessoas e nações que ali se juntavam, para apoiar os seus amigos e familiares. A ultima subida foi brutal pela quantidade de gente a sofrer para atingir a meta, 2km infindáveis, eu foi sempre a tentar controlar a mente para, metro a metro, me aproximar dela e terminar bem. Fui-me aproximando do meu objectivo com um sorriso nos lábios e com a sensação de dever cumprido. 3h31 minutos depois de ter partido cheguei, juntamente com tantos outros que festejavam como se tivessem chegado em 1º lugar, a alegria e a emoção da chegada estampada nas pessoas, umas choravam outras gritavam, outros abraçavam-se e alguns ainda se atiraram para o chão como se fosse promessa. Fiz uma prova sempre muito controlada, sem grandes loucuras, procurei gerir o esforço, alimentar-me bem e acima de tudo desfrutar da prova, como dizia o grande Kilian Jornet, "o mais forte não é aquele que acaba em 1º, mas sim aquele que tem mais prazer naquilo que faz". O meu amigo Tó tinha razão, aquela não foi a última vez que corri uma maratona...
Apesar de todas as peripécias tudo acabou bem, nós (eu e o Lota) terminamos a maratona e a Du conseguiu regressar a casa, com a cópia dos documentos e o auto da policia:)
Tenho uma agradecimento especial aos amigos Lota, Marcia e Marcia Gabriel que foram incansaveis no apoio que nos deram nos momentos difíceis que passamos, são uns verdadeiros amigos!!! O nosso muito obrigado.
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Luís Costeira
A minha inspiração