domingo, 4 de novembro de 2012

III Bike Tour Tiago Machado

4 de Novembro 2012

Eu e os meus 2 companheiros de aventura, o Lota e o Lopeky, inscrevemo-nos neste passeio organizado pelo Tiago Machado (ciclista da Radioshack). 
Até aqui tudo bem, no dia lá fomos, rumo a Vila Nova de Famalicão e chegados lá, andamos às voltas atrás da partida, mas nada. Pergunto eu "alguém viu onde era o local da partida??", resposta obvia "NÃO"... Muito bem e agora?? Um liga à esposa, outro agarrado à net do tlm e o terceiro à procura de uma pista do exterior! Até que passamos por umas pessoas e lhes perguntamos se elas sabiam onde era... A nossa salvação, caso contrário ainda agora andávamos à procura do início da prova.
Oficializamos a nossa inscrição no valor de 5€, que revertiam para ajudar a AFPAD – Associação Famalicense de Prevenção e Apoio à Deficiência, feito louvável deste ciclista internacional que bem representa o nosso país no pelotão internacional. Dirigimo-nos para a partida, onde iam chegando cada vez mais participantes, entre eles algumas das estrelas do ciclismo português, tais como o Nélson Oliveira; o Bruno Pires; os gémeos Gonçalves (onda boavista); João Cabreira, o grande José Azevedo entre outros. 

Foi dado o sinal de partida, 45 min. depois da hora, devido aos mais atrasados. Foram cerca de 400 pessoas a passear pelas ruas de Famalicão sempre em pelotão compacto. Paragem a meio para a foto de grupo e lá prosseguimos viagem para a meta. 
 Ainda fui a conversar com o Bruno Pires acerca da época que passou e da que aí vem, espero vê-lo a ajudar o Contador no Tour de France. Aliás desejo a maior sorte a todos os portugueses que correm no pelotão internacional e que mostrem a nossa raça :) Chegados ao fim, quase em sprint, aguardamos o sorteio, à espera de ganhar qualquer coisa, mas a sorte não estava connosco. O importante foi o convivio e que tudo correu bem!!!
Boas pedaladas!!!

S. Tomé & Principe 2008

Agosto 2008
 A sua descoberta remonta ao século 15 (1470-1471) quando os navegadores portugueses Pêro Escobar e João de Santarém desembarcaram nas ilhas provavelmente desabitadas. Primeiro foi a ilha de S. Tomé, a 21 de Dezembro de 1470 e de seguida a ilha do Príncipe em 17 de Janeiro de 1471.
A colonização dá-se por volta de 1500, com a vinda de portugueses encabeçados por Álvaro Caminha e António Carneiro que aproveitaram as ilhas virgens com rico solo para a introdução da cana-de-açúcar. 
São Tomé e Príncipe é também muitas vezes referida como ilhas chocolate, pelo facto de ter sido o primeiro território no continente africano a produzir o cacau.
Depois de muita procura e de, até termos na mira, outro destino, surge, à última hora, a possibilidade de viajar para S. Tomé e Príncipe. E nós... bora lá, passar uns dias no paraíso do cacau!!! 
Saímos de Lisboa, pela SATA e lá rumamos à ilha. Uma viagem conturbada, mas que não passou de um susto... À chegada era um mundo de gente a vender colares e a pedir doces. Transfer feito, com passagem pelo centro da cidade e pela Baía Ana Chaves, lá nos acomodamos no Pestana São Tomé, um bonito hotel, inaugurado na semana anterior à nossa chegada, bem juntinho ao mar. 
No hotel há vários "guias locais" que nos levam a conhecer a ilha, em grupo ou sozinhos. Na primeira "excursão" fomos em grupo e visitamos várias roças; a Roça Agostinho Neto (que antes da independência se chamava Rio D'Ouro). Foi uma das maiores, ou mesmo a maior, chegando a ter perto de três mil trabalhadores! É um vislumbre para os olhos. A casa do Administrador apesar de abandonada está em bom estado, e tem uma escadaria muito bonita em madeira preta. O Hospital ao fundo é enorme e a sua construção parecia estar em bom estado. Com muita pena minha, não visitamos o seu interior. Em redor, de um lado as casas, que seriam dos escravos e alguns "armazéns" onde era tratado e armazenado o cacau. Do outro lado a casa dos ........ Fiquei impressionado com a grandeza desta roça.
Seguimos, até à Praia das Conchas e Praia Guadalupe, passando pela povoação de Neves e por fim, chegamos à Roça Diogo Vaz. Bem mais pequena do que a anterior, mas com tantas histórias para contar. Esta roça é das poucas que ainda produz cacau, vimos todo o seu procedimento, desde a apanha, à fermentação, secagem e selecção. A secagem ainda é feita de forma artesanal em tabuleiros sobre pedras que ajudam a aquecer estes. Fizemos uma visita às instalações que pouco melhor estão, desde que foi feita a descolonização. Aqui encontramos um grupo de crianças muito simpáticas, sempre atrás de nós a gritar "doce, doce, doce, doce".
Esta roça, apesar de ter algumas casas habitáveis, encontra-se, à imagem das outras, algo abandonadas. É pena o Governo não fazer nada para melhorar esta situação e recuperar estas belas casas com tanta história. 
Retomamos o caminho e paramos para almoçar num restaurante muito caseiro, o Celvas, que o nosso guia, Moisés, conhecia. Muito boa a comida e a hospitalidade das pessoas que nos serviam, a não perder!!! Regressamos à cidade e visitamos o centro, onde fizemos umas compras no artesanato local e visitamos o Café & Companhia.
Regresso ao hotel e depois do jantar fomos tomar um café ao Café Avenida, local onde tudo se passa, onde se discute politica e sociedade, mas... tudo isto no final da tarde.
No dia seguinte, estávamos de partida de S. Tomé, rumo ao Ilhéu das Rolas. Antes ainda fomos visitar umas quantas coisas, sempre guiados pelo Moisés. Passamos uma vilazinha, Pantufo, com casas coloniais, depois Santana, a praia das 7 ondas e a praia Micondó. Nesta última fizemos uma tentativa pedestre mas como chovia muito, não deu para aceder à praia, tivemos que ir de carro por um acesso privado.
Pelo caminho visitamos a Roça dos Açoreanos e como não poderia deixar de ser a Roça S. João dos Angolares, onde almoçamos muito bem, na companhia do Sr. João Carlos (Na roça com os Tachos, estão a ver??). O espaço é muito bonito e sossegado e está tudo muito bem aproveitado. Tem até um atelier  e uma oficina de formação no antigo hospital da roça.
 A seguir ao almoço ainda visitamos a Roça Água Izé, também uma das maiores roças, com uma linha de comboio em torno de toda a roça. Visitamos algumas instalações, onde é escolhido e secado o cacau e depois um dos senhores foi-nos mostrar a antiga locomotiva que tantos anos circundou aquele espaço para recolher o cacau e trazê-lo para a roça. Depois de uma sessão fotográfica, passamos pela Roça Ribeira Peixe, situada bem perto do mar. Esta roça tem um hospital com uma fachada fantástica em alto relevo, onde se encontravam umas crianças que mais uma vez vieram em nossa direção a pedir "doce, doce, doce", um desses miúdos divertia-se com uns patins em linha na mão, o que não deixa de ser curioso. 
 Daí partimos para a Roça Porto Alegre, bem lá no sul, com muitas casas coloniais, onde moravam os escravos, essas casas vão passando de geração em geração, um campo de futebol com um sem número de crianças a jogar. A passagem por esta roça seria breve, visto o barco partir do Porto Baleia às 17h, para o Ilheu das Rolas.... mas às 17h02 o barco já partia... e nós a contornar e apreciar a magnífica Baía, pensando que seria impossível numa ilha em que reina a imprevisibilidade, um barco ser, pura e simplesmente, pontual... O Moisés ainda acelerou, mas...  a verdade é que perdemos o barco. Acabamos por não ir ver a praia Jalé e ficamos em terra, e agora? Apanhamos um barco mais pequeno e fizemos a viagem durante a noite, colocamos os coletes e rezamos para que o pequeno barco aguentasse a forte ondulação da maré cheia. Conseguimos chegar ao Ilhéu das Rolas, já de noite. 
O ilheu dividide-se entre o Resort e uma pequena povoação local, com poucos habitantes com quem entramos em contacto logo no 1º dia, isto porque à saída do resort estão alguns "miúdos" à espera dos turistas para fazerem de guia. Nós tivemos o privilégio de ter 2, o Janu e o Artur, que nos fizeram uma visita guiada à ilha, tendo nós passado em praias paradisíacas, com paisagens belíssimas e como não podia deixar de ser fomos tirar uma foto na linha do Equador. 
Durante os dias que passaram fomos convivendo com os "locais", um dos quais até me arranjou uma prancha, pena que não houvesse ondas :(!!! à noite chegamos a ir ao baile da vilazinha... um baile bem divertido onde não faltou a kizomba e cerveja Coral.

Um dos dias almoçamos na praia, almoço esse feito pelo Janu, com algumas variedades de peixe, um excelente e saboroso polvo, e a acompanhar fruta-pão grelhado (delicioso). 
Chegou o dia da partida, com a promessa de um dia voltar!!!